Motivar as pessoas tem tudo a ver com aproximação, por isso, entender como elaborar um PDI é a melhor alternativa para empresas que precisam de mais organização. É muito comum, em PMEs, que os colaboradores não percebam evolução em suas carreiras. Isso também está ligado à falta de feedback dos gestores, sempre ocupados demais para “esse negócio de motivação”.
Por mais que uma empresa se dedique a um nicho difícil de explorar, sempre é possível estimular o avanço. Tudo consiste em entender que, quando as pessoas evoluem, necessariamente o local em que elas estão também se modifica.
Assim, o Plano de Desenvolvimento Individual é útil para dar respostas concretas e ajudar empresas e pessoas a avançarem em todos os aspectos. Veja como fazer!
Determine objetivos
Como ferramenta de desenvolvimento e que vai dar um novo sentido às atividades de seus colaboradores, o PDI precisa cumprir metas dentro de prazos mais ou menos rígidos.
Na verdade, embora ele seja indicado para empresas, nada impede que seja aplicado para atender a objetivos individuais. Vai depender da disponibilidade de recursos de cada um e de pessoas dispostas a colaborar na avaliação dos resultados.
No âmbito empresarial, a definição de objetivos serve como referência. Por isso, o PDI deverá ser concluído em tempo hábil, que permita a aplicação das competências adquiridas. Seria improdutivo investir tempo e recursos, se o desenvolvimento individual não puder ser revertido a favor do negócio, certo?
Assim sendo, é igualmente importante que as metas empresariais tenham ligação com as das pessoas. Imagine uma PME cujos líderes decidiram abrir uma nova unidade em uma cidade de outro estado. Trata-se de uma frente de trabalho com perspectiva de longo prazo, o que demanda desenvolvimento de novas habilidades. Assim sendo, um PDI poderia abranger:
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especialização em tributação na região de interesse;
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conhecimento aprofundado em logística;
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desenvolvimento de habilidades em comunicação.
Você precisará considerar, junto aos seus colaboradores, a necessidade e a vontade individual em desenvolver uma certa competência. Portanto, uma meta que não seja necessária dificilmente despertará o desejo. Pense bem a respeito, sempre dialogando com o primeiro beneficiado, seu colaborador.
Mapeie o percurso
Objetivos e prazos são perfeitos enquanto estão no campo da teoria. Entretanto, um plano de desenvolvimento se presta à materialização do conhecimento que será assimilado. Nesse sentido, você e o seu empregado precisarão definir, junto às metas, quais são os obstáculos que precisarão ser superados.
Uma coisa é saber por livros ou cursos que, em uma região, a tributação funciona de uma maneira, outra é pagar impostos e arcar com as consequências caso algo saia errado. Por isso, o ideal é avançar gradativamente, estipulando objetivos menores e que, cumpridos em sequência, conduzem à realização do propósito final.
Como veremos mais à frente, a superação dos obstáculos também se relaciona com o desmembramento das metas. É como se fosse uma viagem de carro, em que cada trecho percorrido representasse um “checkpoint”.
Estipule prazos
Independentemente dos objetivos, considere que o plano deverá durar de 6 meses a um ano e meio, no máximo. É um período não tão curto, a ponto de não permitir a absorção de conhecimento, nem tão longo, para que seja possível medir a progressão ao longo da jornada.
Determinar prazos para cumprimento das tarefas e metas menores é útil para evitar a sempre perigosa procrastinação. Embora seja saudável uma certa maleabilidade, é fato que não se pode desperdiçar o recurso mais precioso que existe, o tempo.
Os prazos deverão ter limites exequíveis, ou seja, permitam o cumprimento das metas individuais, de maneira que seja possível também avaliar seus resultados. Por outro lado, prazos realistas são importantes para garantir que haverá sequência no PDI. Lembre-se de que, tão importante quanto os resultados, é a nova visão que seu colaborador vai adquirir.
Avalie os resultados
Com as ações já definidas a partir de metas realizáveis, você e seu colaborador deverão avaliar os resultados de cada uma das etapas do processo de desenvolvimento. Perceba que, por se tratar de avaliação, será necessário estipular métricas que permitam tirar conclusões. Pode ser uma escala de 1 a 10 ou de uma a cinco estrelas, o mais importante é que vocês tenham um parâmetro que permita dizer se o PDI está indo bem ou não.
Métricas servem para dar sentido às ações, e são parte de um plano de desenvolvimento. Se fosse diferente, bastaria agir como gestores equivocados, ou seja, esperar que as oportunidades ou o acaso trabalhem a favor da evolução de um empregado.
Modelo de PDI
Agora que você já conhece os conceitos envolvidos na produção do Plano de Desenvolvimento Individual, fica mais fácil entender seu significado. Para facilitar, veja abaixo um exemplo de como elaborar um PDI na prática:
Objetivo: especializar-se em tributação na cidade de São Paulo
Prazo: novembro de 2019
Plano de ação
Parte 1. Coleta de dados
Fazer a leitura das leis sobre ICMS e Substituição Tributária
Prazo: janeiro a março de 2019
Matricular-se em curso online
Prazo: abril a setembro de 2019
Parte 2. Execução
Networking: procurar por amigos e conhecidos que trabalham com tributação em São Paulo
Prazo: outubro de 2019
Simulação de sistemas para contadores (ambiente de testes)
Prazo: novembro de 2019
Envio dos primeiros dados pelo eSocial
Prazo: dezembro de 2019
O modelo pode ser modificado de diversas formas e ajustado conforme seus próprios objetivos, ou ser completamente reformulado. O que interessa é perceber que um plano de desenvolvimento é um trabalho em equipe. Você, junto ao seu colaborador, devem encontrar objetivos comuns e que forneçam sentido às ações a serem adotadas.
Assim, vocês também deverão avaliar criteriosamente as limitações e talentos, tanto as da empresa como as do colaborador. Se possível, conte com o apoio de um profissional de RH para ajudar a identificar eventuais lacunas de formação e comportamentais que possam influenciar no aprendizado.
Por esses fatores, antes de saber como elaborar um PDI, procure manter diálogo constante com seus colaboradores, para entender suas reais necessidades. Quanto melhor for o seu relacionamento com eles, mais proveitoso será o aprendizado para ambas as partes!
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